25 de junho de 2010

Carrossel de ilusões!!!

Certo dia, como todo os dias, estava na parada de ônibus de costume e tive a estranha e interessante experiência de observar o comportamento de um louco.
Ou alguém com pouca sanidade mental. Pensei: Será que uma pessoa é acuada pela vida, de uma maneira tão agressiva a ponto de ficar assim? Perdido no tempo e no espaço? Sem alternativas ou possibilidades? Aquela figura humana falava aleatóriamente para o vão, várias pessoas se encontravam naquela parada de ônibus, mas ele não dirigia o discurso a ninguém, falava para ele e suas próprias frustrações, ao vento.
Dizia que não 'pôde' estudar e ser doutor! rsrsrsrsrsr!!!! Achei isso engraçado, ninguém quer ser garí, só doutor, preconceito a flor da pele... Dizia que as chuvas estavam aí e ele não tinha onde dormir, que a família não queria ele em casa, porque ele bebia.
Imagine o caos? Em minha frente talvez estivesse um excelente marido, pai, avô, quem sabe até um gigante no mundo corporativo. Perdido na própria falta de querer ser...
Pensei novamente: Será que foi falta de oportunidade ou falta de coragem para lutar e não se deixar sucumbir à dificuldade?
Quem vai saber?
A verdade é que há uma grande distância entre o devaneio e a real história de vida daquela pessoa, um verdadeiro carrosssel de ilusões!
O ponto alto da história toda, é que ele dizia que exatamente aquele dia era o seu aniversário, e ele enfáticamente dizia que nunca tivera uma festa de aniversário. Que sua mãe nunca pôde fazer um bolo de festa, ele já se encontra na boa idade.......
Bem, no caso dele não tão boa assim. O saldo que pude tirar do pouco tempo em que estive ali é que o ser humano não nasce naquela situação, e que como gestos simples como ter um bolo de aniversário faz a diferença na vida de uma pessoa.
Para ele certas "faltas" representou também falta de amor, carinho, respeito, consideração...
Me senti por um certo momento responsável por aquela situação, talvez colabore para a desigualdade social.....
Ao mesmo tempo tive piedade e o culpei por ter desistido de tudo sem ao menos lutar um pouco mais, pensei em mim mesma, e quanto tive que lutar para não ser excluída profissional e socialmente. Entendi de uma vez por todas que tudo depende de nós mesmos e que um passo ou escolha errada pode desencadear consequências desastrosas, sem volta. Ninguém é responsável por sua felicidade ou infortúnio, mas você é capaz de mudar qualquer realidade, por pior que se apresente a situação, sempre há uma possibilidade com dignidade.
Tarciana Marinho.

13 de junho de 2010

Não adianta fazer diferente, Cora Coralina foi totalmente feliz neste breve registro de pensamento, devemos sempre deixar marcas positivas em nossas vidas, plantar flores e contribuir para que as pessoas levem também tudo o que há de melhor de nós. Isto só é possível se ao longo do caminho, somos capazes de digerir as dores transformando-as em algo que conseguimos transpor, esquecer.
Quero que ao lembrar de mim, as pessoas possam ter um sorriso nos lábios, de boas lembranças. Se as lágrimas nos olhos forem inevitáveis que sejam de uma afável saudade. Aquele tipo de saudade que até dá um certo prazer de sentir.
Chorar é necessário, faz parte da natureza humana, sofrer é inevitável, sem sofrimento não há crescimento, poderia ser mais simples, diferente, mas não é, fazer o quê? Mas conseguir remover pedras através do perdão, da superação e da capacidade de seguir em frente é nobre. Seja nobre! É isso que a vida espera de você, o resto deixe por conta da vontade de Deus.Um forte abraço!

Tarciana

Falar da minha mãe é sempre um prazer, pense numa mulher guerreira. Me ensinou tudo o que sei, aliás, me alfabetizou em casa. Nunca deixou que desistisse de meus objetivos, e sempre lutou para que pudesse literalmente caminhar com minhas próprias pernas.

Passou a vida dedicando-se a mim e mais duas irmãs que tenho, nossas vidas foi de idas a fisioterapias e hospitais para cirurgias. Mas sempre vi minha mãe otimista, feliz, com cara de missão cumprida, sempre forte.

Acho até que herdei dela mesmo parte da força que tenho. Imagino o que deve ter sido para uma mãe, receber um diagnóstico de que sua filhinha primogênita seria para sempre um ser totalmente dependente, em virtude de uma paralisia cerebral na hora do parto. Ela poderia ter se fragilizado e como era uma mãezinha de primeira viagem até ter perdido o rumo das coisas, mas foi tão forte e superior que o olhar de Deus não se desviou dela. Não tenho nenhuma sequela cerebral, sou uma pessoa totalmente dona de minhas funções cognitivas e independente, a única parte lesada foram os membros inferiores e nada mais.
O processo foi longo e árduo até chegar ao que estou hoje, muitas cirurgias, muita fisioterapia e boa vontade e disposição da minha mãe para não deixar a peteca cair. Meu pai foi importante, mais a barra mais pesada quem segurou com muita dignidade foi minha mãe e aí de mim, se tivesse sido diferente.

Por esta razão que não desisto "quase" nunca do que preciso conquistar, cada vez que lembro do que passamos juntas, fico mais forte e sei que não posso desistir, por ela e por tudo que ela ajudou a conquistar, doando-se como alicerce. Desistir é sempre o caminho mais fácil e rápido, jamais será o mais digno!




Tarciana Marinho.

12 de junho de 2010


Acredite: Não uso máscaras! Se você quer de fato uma pessoa para lhe dizer a verdade, eis que aqui estou. Que me perdoem aqueles que precisam ouvir o que não sou capaz de dizer, porque certamente não serei omissa à verdade. Posso até ponderar os meios, mais os fins serão sempre nus e crus.
Não sou a pessoa mais indicada para me perguntar se uma roupa é feia, sem dúvidas se de fato for, ou se apostou suas fichas na pessoa errada eu direi que vacilou mesmo.rsrsrsrsrsrsrsrs!!!
Também não me faço de rogada, quero a verdade acima de tudo, não interessa se vou chorar, carpir todo o infotúnio do mundo, pode ser a pior verdade. Ferida cicratiza com o tempo, e a marca deixada por ela, serve depois como lição, como algo que não pode acontecer novamente. Sofrimento é de certa forma bom, fortalece e nunca ouvi dizer que alguém morreu por ter escutado a verdade. Não vivo me lamentando de nada! Tudo o que já passei serviu para forjar meu caráter, sentir o que é bom ou ruim pra mim e até me direcionou a não cometer os mesmos erros.
Não camuflo meus sentimentos, se te disser que amo, é por que amo com o coração. Se no meu olhar conseguir ver tristeza, é de fato o que vê. Não tenho medo de ser frágil, mas não se engane: vivo momentos de fragilidade, a minha força derruba avião e sei utilizar a minha inteligência emocional quando é preciso. Não posso me dar ao luxo de ser diferente do que realmente sou, construí os meus castelos durante 35 anos com base no que realmente sou e nunca no que poderia ter sido ou dito.
Tarciana Marinho.

Hoje dia dos namorados, data escolhida por "não sei quem" para celebrar o amor a dois. Não seria uma desculpa para o comércio vender mais? O amor não deveria ser celebrado todos os dias? Presente e declarações não deveria ser ofertados sem a obrigatoriedade do calendário?
O amor terá data marcada quando pudermos colocar acima de tudo a verdade de sentimentos, quando pudermos desnudar nossos corpos com a essência do prazer, de se entregar a quem amamos sinceramente e não só para satisfazer a carne fraca de memória, quando o tempo passar e com ela todo cheiro e gosto do outro.
Enamorados são quem consegue estar junto na força, na fraqueza, na diferença e até na apatia.
O amor está onde o nosso coração está; mesmo que não haja presentes, jantar ou declarações eternas.
Que possamos independente da data celebrar a pureza e verdade de espírito.
Desejo que permaneça em nós tudo o que há de bom, respeitoso e puro, na sua melhor forma de expressão.Bjo!
Tatá Marinho.
Falar é muito fácil, muitas vezes falamos sem pensar, dizemos o que queremos e não precisamos dizer, e ainda assim não analisamos o que poderíamos calar. O inverso também é verdadeiro, calamos nossos medos, inseguranças, opniões e verdades. Nos limitamos a não discutir a relação por comodidade e omissão também, por que nunca estamos preparados para ouvir o que precisamos, mas só o que queremos ouvir. É necessário não negligenciar a expressão, não oprimir o que verdadeiramente sai da alma, das entranhas mesmo. Muitas portas e oportunidades de momentos felizes são frustados porque falamos muito, sentimos pouco e calamos menos ainda. Tenha sabedoria, não é a toa que Deus dono de toda essência lhe deu dois ouvidos e 'uma' boca e se for necessário falar, faça com cuidado, apreço, principalmente o que sai do coração.
Palavra tem força,não volta atrás ! Muito boa sorte! Bjo! no coração!