Você já percebeu o tanto que é fácil e rápido minimizarmos ou até mesmo ignorarmos as dores do outro. Tratamos com desdém e até solucionamos em minutos um infortúnio de anos. Imagine a dor de uma mãe de perder seu filho(a) para as drogas e consequentemente para bandidos, enterrar esse filho(a) e ainda ser a única culpada de não ter educado bem.
Classificamos como fraco o indivíduo que se apresenta em depressão por exemplo, minha gente, a cabeça de um ser humano é uma incógnita. Só aquele Cristão sabe o porque de estar demasiadamente triste ao ponto de não querer mais "ser" ou "existir". O que dizer da dor de uma grávida, que espera feliz e ansiosa o seu nenem por nove meses, e perde um serzinho tão pequeno na hora do parto, e há quem diga: Qual o problema? ela é jovem, saudável, pode ter quantos filhos quiser! É mole!? E as famílias que perdem toda uma vida depois de uma enchente, pessoas que compram uma televisão para pagar em 15 meses, e não tem comida no prato todos os dias. Isso não é dor?
A dor de cada um é parte de sua história, afinal nossos capítulos não são escritos só com passagens felizes e com dias de sol. Tem gente que sucumbe quando perde alguém que morreu, a dor perfura a alma de uma maneira tão contundente e este corte é tão profundo, que a pessoa não resiste a tal ferimento e acaba morrendo também.

Ninguém nasceu com vocação para super herói, mas com o nosso amor e doação é possível sim salvar a vida de uma pessoa ou de várias ao mesmo tempo.
Mas devemos sempre sermos bons, excelentes ouvintes e o mais importante: se não tivermos nada de edificante para dizer, que possamos conservar o nosso silêncio e na alegria de um abraço ofertar o nosso consolo e amor.
Boa doação para você, e lembre que estamos sempre sendo surpreendidos por algum tipo de dor.
Um forte abraço!



Tarciana Marinho.